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BIOGRAFIA

Flávia Tronca construiu um universo em contínua transformação, marcado por uma diversidade de destinos e cenários multifacetados. Cada nova série de trabalhos que ela apresenta é o resultado de uma alquimia complexa, que emerge dos vetores de desenvolvimento conceitual que a artista estabelece, dos desafios técnicos, que inevitavelmente surgem, e do rico amálgama de influências culturais coletadas ao longo de suas viagens pelo mundo.

 

Essa busca incessante por expandir seus próprios limites define a dinâmica de sua obra. Como exploradora de universos inventados, Flávia transforma suas experiências em interpretações abstratas que refletem os cenários que encontra. Os destinos que ela retrata são tão variados quanto audaciosos, revelando disposição para correr riscos artísticos. O que intriga ainda mais é a habilidade da artista de direcionar sua arte para caminhos aparentemente contraditórios, ao mesmo tempo que investiga uma ampla gama de materiais, técnicas de aplicação de tinta e parâmetros de percepção de cor. Assim, ela aprofunda a natureza e a complexidade das texturas em seu trabalho. 

 

Esse processo criativo, que parece quase espontâneo, é uma extensão natural da necessidade de reimaginar constantemente sua capacidade de desafiar tanto a própria percepção quanto a nossa, em relação ao universo meticulosamente concebido que se desdobra em sua arte. A materialização dessas investigações e inovações se torna sua “raison d'être”, um testemunho da evolução contínua de sua prática artística. 

 

A manipulação da luz, ou mais precisamente, da luminosidade, interage de maneira quase coreográfica com a textura, a cor e a escala, permitindo a concretização de cenários que tomam vida e profundidade, transformando a imaterialidade em experiências visuais tangíveis.

 

Há uma poesia sutil e elegante nas composições de Tronca, que surge da reconciliação harmoniosa entre o caos e a fragilidade do infinitamente pequeno e a torção e estabilidade do infinitamente audacioso. A justaposição de elementos delicados e fotográficos com traços gráficos ousados e formas geométricas primordiais cria uma sensação única de harmonia, evocando uma qualidade quase utópica.
 

A busca incessante por esse equilíbrio é intrínseca ao processo criativo de Flávia Tronca. Ela se revela como uma pesquisadora cuja metodologia, embora discreta, possui profundidade e refinamento que permitem que sua abstração gere emoções frequentemente associadas ao trabalho figurativo. Existe uma coragem nessa busca geométrica por estruturar o intangível e uma qualidade quase mística em sua habilidade de transcendê-lo.

 

A obra de Flávia, portanto, nos convida a repensar nossas percepções sobre formas, luz e espaço, enquanto ela navega pelo delicado equilíbrio entre o que é visível e o que permanece na esfera da invisibilidade, tornando-se uma experiência estética que ressoa profundamente.

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"Flávia Tronca é uma artista versátil e motivada por desafios. Percorrendo um caminho de mais de três décadas desde a sua formação em artes visuais, vai construindo uma carreira de múltiplas facetas.

Do abstracionismo geométrico, que motivou as primeiras produções e exposições, à incursão pelas tecnologias digitais, que constroem sua produção mais recente, Flávia apreende o mundo sob sua ótica e nos devolve através da forma e da cor, representação de uma percepção ímpar.

 

Movida pelos processos pictóricos, a imagem criada no conjunto da obra da artista torna-se pintura, em diferentes linguagens. Desde o papel e a tela em algodão ao computador, muitas camadas são somadas, mas tudo é pintura.

De imagens inicialmente figurativas, tudo torna-se abstração. Entre o processo tradicional da pintura e as transformações digitais que resultam em novas imagens, há um não lugar em suspensão, um espaço imaterial.

 

Na intensidade da cor, Flávia imprime a força do gesto; na sutileza dos traços, a artista provoca olhar para o sensível. O limite entre o que é criado e o que é visto se perde na imagem. Propondo uma imersão do olhar para dentro da obra, a artista busca transcender o olhar como em um mergulho.

 

Se a cor é um dos elementos marcantes na produção, é também provocação incorporal que amplia os sentidos.

 

De experiência advinda de uma trajetória de estudos de estética e história da arte, passando pelo ensino superior e retornando à arte na essência do processo criativo da artista, Flávia une a mente, a mão e o olho.

 

E nesse processo de idas e vindas, muitas voltas e conceitos apreendidos em cada movimento. A cor transforma-se em sensação cromática. Em cada imagem, manifesta-se a sensação de imersão numa superfície imaterial.

 

Assim é Flávia Tronca e sua obra. Vale o olhar – aproveite o mergulho!"

Profa. Dra. Silvana Boone
CURADORA E CRÍTICA DE ARTE

Exposições individuais:

COREOGRAFIAS DE FORMAS, CORES E LUZ. Galeria Arte Quadros, Caxias do Sul (RS), 2019.

 

IMERSÕES CROMÁTICAS. Curadoria Silvana Boone. Centro de Artes e Arquitetura da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Caxias do Sul (RS), 2017.

CASA COR SANTA CATARINA: Lavabo Funcional da Área Gourmet. Curadoria e projeto do Espaço do Traço Arquitetura. Florianópolis (SC), 2017.

 

DANÇAS DE LUZ. Curadoria de Scott MacLeay. Galeria Municipal de Arte Gerd Bornheim Casa da Cultura Percy Vargas de Abreu e Lima, Caxias do Sul (RS), 2016.

VITRINE FLÁVIA TRONCA: ALQUIMIA NÔMADE. Galeria Arte Quadros, Caxias do Sul (RS), 2016.


ANTI PALAVRAS: UM LUGAR DE ESTAR NA MEMÓRIA. Galeria de Arte Modernidade, Novo Hamburgo (RS), 2014. 

QUASE NADA. Aliança Francesa SP, Circuito SP-Arte, São Paulo (SP), 2014.

 

ANTI PALAVRAS: UM LUGAR DE ESTAR NA MEMÓRIA. Espaço Cultural Albano Hartz, Novo Hamburgo (RS), 2014.

MARULHO. Maratona Cultural de Florianópolis, Espaço Cultural Estação 733, Florianópolis (SC), 2014.

 

VERACIDADE. Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Espaço Cultural Governador Celso Ramos, Florianópolis (SC), 2013. 

 

ATMOSPHÈRE. Aliança Francesa, Florianópolis (SC), 2013.

 

GEOMETRIA LÍRICA. Espaço Cultural Art Office, Florianópolis (SC), 2012.

 

TEMPO EMPRESTADO. Espaço Cultural Art Office, Florianópolis (SC), 2012.

GEOMETRIA LÍRICA: ENTRE CASARIOS E PORTAIS. COR Galeria de Arte, Florianópolis (SC), 2010.

GEOMETRIA LÍRICA. Semana Integrada de Produção Simbólica e Diversidade Cultural, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis (SC), 2010.
 

CIDADE NATAL. Galeria de Arte Bassanesi, Caxias do Sul (RS), 1990.

RETROSPECTIVA EM COR E MOVIMENTO. Espaço cultural do Banco do Brasil, Caxias do Sul (RS), 1989.

Exposições coletivas:

A LINHA PERCORRE O ACERVO. Curadoria Mara Galvani e Gelson Soares. Galeria de Arte, Universidade de Caxias do Sul (UCS), Caxias do Sul (RS), 2025

 

CONTEMPORÂNEAS. Resultado do projeto e pesquisa “O papel da mulher na construção da identidade para as Artes Visuais em Caxias do Sul e região”, desenvolvido pela Profª. Drª.Silvana Boone (UCS). Curadoria Silvana Boone. Centro de Cultura Ordovás, Caxias do Sul (RS), 2021.

 

MEMÓRIAS AFETIVAS DO ACERVO – em comemoração aos 53 anos da UCS. Curadoria Silvana Boone e Mara Galvani. Galeria de Arte do Campus 8, Universidade de Caxias do Sul (UCS), Caxias do Sul (RS), 2020.


A NATUREZA DAS COISAS. Galeria de Arte Boiteux, Espaço Cultural Top Vision, Florianópolis (SC), 2019.

EXPOSIÇÃO DE PAINÉIS – ARTE SOLIDÁRIA. Sala Martinho de Haro, Museu Cruz e Sousa, Florianópolis (SC), 2017.

EXPRESSÃO GLOBAL 44. Galeria de Arte Arte Quadros, Caxias do Sul (RS), 2017.

50 ANOS DE ARTE DA UCS. Galeria de Arte do Centro de Cultura Ordovás, Caxias do Sul (RS), 2017.

ACERVO BRDE: MOSTRA DE ARTES PLÁSTICAS. Espaço Cultural BRDE, Florianópolis (SC), 2016.

MOSC: FEIRA DE ARTES VISUAIS. Exposição de painéis. Cidade Universitária Pedra Branca, Palhoça (SC), 2015.


EXPOSIÇÃO DE PAINÉIS – ARTE SOLIDÁRIA. Sala Martinho de Haro, Museu Cruz e Sousa, Florianópolis (SC), 2015.


EXPOSIÇÃO DE PAINÉIS com Rogério Amendola, Roberto Rita, Martha Mansinho, Miguel Schmitt e Nelson Teixeira. ABITO DAS ARTES, Florianópolis (SC), 2015.

 

NOOSFERA: O IMAGINÁRIO HUMANO. Exposição de painéis com a artista plástica Meg Roussenq Tomio. Curadoria Marina Tavares. Centro Integrado de Cultura (CIC), Florianópolis (SC), 2015.

OUTONO NOVAS FORMAS: ARTE E DESIGN. Museu Cruz e Sousa, Florianópolis (SC), 2015.

 

COLETIVA. Boiteux Galeria de Arte, Florianópolis (SC), 2015.

 

CORADJETIVA.  Exposição com os artistas José Maria Dias da Cruz e Laura Villarosa. Sala Fernando Becker, Fundação Cultural BADESC, Florianópolis (SC), 2014.

 

100 SENTIDOS. Espaço Confraria. Florianópolis (SC), 2013.

 

FLORIPA TEM. Centro Cultural Bento Silvério, Florianópolis (SC), 2013.


ARTE EM SANTA CATARINA. Villa Francioni Vinhos e Vinhedos, São Joaquim (SC), 2012.

LEILÃO DE ARTE. Espaço Cultural Art Office, Florianópolis (SC), 2012.

SOLAR. Semana Ousada, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis (SC), 2010.

 

PLURAL E SINGULAR. Galeria de Arte Salaverry, Florianópolis (SC), 2010.

 

MOSTRA CAXIAS. Casa da Cultura, Caxias do Sul (RS), 1984.

 

CULTURA ALEMÃ. Casa da Cultura, Nova Petrópolis (RS), 1984.

 

MOSTRA CAXIAS AGORA. Casa da Cultura, Caxias do Sul (RS), 1984.

 

CENSO. Casa da Cultura, Caxias do Sul (RS), 1983.

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